Páginas

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Essências


 



            




            Quão livre posso querer ser?
            Olhe aquele balão, voando tão alto do céu
            Para onde será que ele vai, me perguntei de verdade.
            O que mais uma garota poderia desejar, além do se sentir livre.
            Quando me olho no espelho, vejo a sombra de alguém que queria ser.
            Quando observo sorrisos, eu penso nos meus e não sinto convicção
            Para onde eu vou? Realmente, eu não sei!

Muitas pessoas se perdem em momentos monótonos, casamentos, religião e moralidades.
Tudo o que consegui descobrir é que sou infeliz quando estou com meus pés colados no chão. Algumas pessoas questionam aqueles que vivem voando alto em seus sonhos. Mas, uma vida próxima da verdade pode ser pior do que uma ilusão idiota.
Quando me encontro do mundo real, no mundo das essências, me sinto enxergando a verdade. Por um tempo, esta verdade me transmite orgulho e me sinto grata por estar livre do mundo dos sentidos. Então, depois do êxtase que o saber transmite, vem as perguntas e das perguntas encontro respostas desoladoras, neste momento, eu sei que estou completamente sozinha. É como uma dor que começa fraca e imperceptível e depois... Depois tudo o que se deseja é um fim, seja qual for.
Devo admitir, nem sei mais o que estou escrevendo. Na verdade, o que eu sei? O que deveria saber? O que é saber sobre algo?
Por isso, eu me hipnotizei observando este balão, como queria ser tão livre e voar sem nenhum lugar para estar e ninguém para pensar. Estaria só dependendo da força do vento para me direcionar e me guiar para sempre.  
Já peguei uma folha de papel e escrevi muitas palavras que não faziam muito sentido para meu pequenino e restrito mundo imaginário. Então, pensei em escrever para controlar e isolar, aqueles doces demônios do passado. 

Juliana Cordeiro