Quão
livre posso querer ser?
Olhe
aquele balão, voando tão alto do céu
Para
onde será que ele vai, me perguntei de verdade.
O
que mais uma garota poderia desejar, além do se sentir livre.
Quando
me olho no espelho, vejo a sombra de alguém que queria ser.
Quando
observo sorrisos, eu penso nos meus e não sinto convicção
Para
onde eu vou? Realmente, eu não sei!
Muitas pessoas se perdem em momentos monótonos,
casamentos, religião e moralidades.
Tudo o que consegui descobrir é que
sou infeliz quando estou com meus pés colados no chão. Algumas pessoas
questionam aqueles que vivem voando alto em seus sonhos. Mas, uma vida próxima
da verdade pode ser pior do que uma ilusão idiota.
Quando me encontro do mundo real, no
mundo das essências, me sinto enxergando a verdade. Por um tempo, esta verdade
me transmite orgulho e me sinto grata por estar livre do mundo dos sentidos. Então,
depois do êxtase que o saber transmite, vem as perguntas e das perguntas
encontro respostas desoladoras, neste momento, eu sei que estou completamente
sozinha. É como uma dor que começa fraca e imperceptível e depois... Depois
tudo o que se deseja é um fim, seja qual for.
Devo admitir, nem sei mais o que estou
escrevendo. Na verdade, o que eu sei? O que deveria saber? O que é saber sobre algo?
Por isso, eu me hipnotizei observando
este balão, como queria ser tão livre e voar sem nenhum lugar para estar e
ninguém para pensar. Estaria só dependendo da força do vento para me direcionar
e me guiar para sempre.
Já peguei uma folha de papel e escrevi
muitas palavras que não faziam muito sentido para meu pequenino e restrito
mundo imaginário. Então, pensei em escrever para controlar e isolar, aqueles
doces demônios do passado.
Juliana Cordeiro